05 junho 2006

Memória oral: Depoimentos relevantes contam a História

Fonte: CEMI-ISERJ.
Foto:
FGV/CPDOC - Arquivo Lourenço Filho)

Depoimentos são relevantes porque a memória guarda o que ficou marcado pessoalmente. Os depoimentos são valiosos se complementam e corroboram a história documental escrita, por isso a inclusão no Centro de Memória Institucional. Vale a pena lê-los.

Sobre a inspetora: Dona Jesus, inspetora, ficava no portão medindo o cós das saias das meninas, o sapato boneca, até o tipo de bolsa... Ninguém entrava aqui com verde, com vermelho... Aluno não andava na frente do Gabinete Geral, só pelas laterais... Batia o sinal, todos os alunos iam para as salas... Era sala de Português, de Matemática... Todos esperavam o professor entrar e ele dizia: - Bom dia, senhoritas!Fui aluna do Rocha Lima dois anos... Nós catávamos coisas de livros para perguntar a ele, que respondia tudo, na hora... Uma vez ele botou um aluno para fora da sala porque havia dito que ia dar “uma telefonema” (Depoimento da Professora Adilma Godinho da Costa, em 2005,á Prof. Heloisa H. Meirelles, relatando fatos ocorridos quando era aluna na década de 1950.)

Sobre a ocupação do prédio da Rua Mariz e Barros:“O prédio novo já estava pronto em 1930, ano em que iniciei meus estudos. A diretoria foi avisada que os soldados vinham do Rio Grande do Sul ( era revolução, não era?) e se instalariam em qualquer prédio público que estivesse vazio. E o Instituto era um prédio público que ainda não tinha sido inaugurado. O secretário Antonio Vitor passou dias e noites lá. Primeiro levaram o material dos arquivos, depois cadeiras e mesas... Todo mundo ajudava e foi feita a mudança em menos de uma semana.” (Depoimento de Marília Marques da Costa, aluna da Escola Normal entre 1930/31 e do Instituto de Educação entre 1932/37. Depoimento à Professora Sonia Maria de C. Nogueira Lopes. In: A Oficina de Mestres do Distrito Federal: História, memória e silêncio sobre a Escola de Professores do Instituto de Educação do Rio de Janeiro (1932-1939). Tese de Doutorado.PUC-Rio,2003)

Sobre a destinação anterior a 1930 do espaço físico: "Dizem que no espaço onde foi construído o Instituto funcionava um grande entreposto de leite que abastecia toda a cidade do Rio de Janeiro. Contam que os escravos vinham até aqui para levar leite para os seus donos..."( Depoimento da Professora Gylce da Silva Oliveira Santos, à Prof. Heloisa H. Meirelles, em 2005)

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